Você quer saber como estar na moda, mas sem prejudicar o meio ambiente? Esse é o nosso tema da semana, algo que merece uma reflexão a respeito do seu compromisso com a sustentabilidade.
Pois bem, depois do petróleo, a indústria da moda é a segunda mais poluente. Ela é responsável por 8% das emissões mundiais na atmosfera e a pergunta que fica é “como reduzir o impacto ambiental?”. Em 2018, a ONU – Organização das Nações Unidas – considerou a poluição derivada do setor como uma “emergência global”. Para você ter uma ideia, a União Europeia recicla somente 25% das 26 milhões de toneladas de resíduos têxteis por ano.
Em tempos de fast fashion, ou seja, "use e descarte", as lojas criam novidades todas as semanas e, com esse ciclo de produção constante, acabam causando danos à natureza. As roupas terminam em aterros e demoram meses, até anos, para desaparecer. Uma calça jeans, por exemplo, passa por um processo em que são utilizados diversos produtos químicos prejudiciais ao meio ambiente. Para um único jeans, 13 quilos de dióxido de carbono são emitidos. Além disso, são utilizados 2 mil litros de água, 10 litros de produtos e tinturas, mais mil litros de água para a lavagem, energia para lavar e passar. Se o produto acabar num aterro, o processo de degradação do algodão pode demorar 5 meses e o poliéster cerca de 200 anos!
Ok, mas o que as indústrias têxteis estão fazendo para contribuir para a sustentabilidade? Roupas biodegradáveis são a alternativa! Elas são a principal aposta do setor. Um material biodegradável é aquele capaz de se decompor na natureza em elementos químicos naturais por ação de agentes biológicos (plantas, bactérias, animais) e, juntamente com o sol e a água, transformam essas substâncias em compostos que servem de nutrientes para a natureza.
Aplicado à moda, o vestuário bio (sapatos, camisetas ou calças, lençóis, toalhas de mesa) é aquele que foi fabricado pensando em ter o menor impacto ambiental durante o seu ciclo de vida. Em outras palavras, refere-se &agra ve; utilização de materiais ecológicos que se degradam com facilidade. O que nos traz um pouco de conforto é saber que as iniciativa s neste sentido têm crescido. Por exemplo, encontramos desde tênis feitos com materiais como algodão biológico, cânhamo, linho, coco ou pele vegetal até outros tipos fabricados com materiais reciclados como garrafas de plástico oriundas do fundo do mar ou nylon recuperado de redes de pesca.
O tecido biodegradável pode ser feito de matéria prima natural (vegetal e animal) ou de fibras artificiais com base natural, como as que são produzidas a partir da celulose. Quer alguns exemplos? Fibras de soja, de bambu, de bananeira e de laranja, couro de abacaxi, lenpur (feito da árvore do pinheiro branco), qmilk (com fibras de uma proteína do leite), algodão orgânico, liocel, modal, biosteel, cânhamo e por aí vai...
Tratamos com dois conceitos ao mencionar sustentabilidade e consciência. Quando falamos em moda sustentável, estamos nos referindo à redução de uso de materiais poluentes na produção de peças. Quando mencionamos consciência, abordamos a consciência do consumidor com relação às questões ambientais. Um consumidor da moda consciente é aquele que busca produtos com materiais sustentáveis, de qualidade e com maior durabilidade, como roupas e acessórios. Você já é adepta dos tecidos eco-friendly? As certificações ecológicas também se destinam a promover a moda sustentável, oferecendo um selo de qualidade bio, garantindo que a empresa está comprometida com a preservação do meio ambiente. Não estamos falando de uma “tendência”, mas sim de algo que veio para ficar, afinal, o impacto zero não existe. Quer contribuir para minimizar as consequências negativas da indústria da moda? Aumente a vida útil das roupas, reciclando e dando a elas uma nova chance no Miscoleto!
Beijão!
Miscoletas
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